22 de Agosto é dia nacional do folclore brasileiro. Vale resgatar a figura da caipora, uma das mais conhecidas lendas do nordeste. Ela é a guardiã da vida animal, arma ciladas para os caçadores, simula os ruídos dos animais da mata, assobia, estala os galhos e assim dá falsas pistas fazendo com que os caçadores se percam no mato.
O caçador José Soares, conhecido por "Zé Mago" residente na Serra do Quincuncá, município de Assaré, "jura pela própria alma" ter visto uma caipora. "Eram seis horas da tarde de sexta-feira, dia ruim de caça, já estava voltando para casa, quando apareceu uma menina morena, baixinha, com cabelos compridos, os outros caçadores disseram que era uma caipora". Zé Mago afirma que não viu mais uma caipora, mas sempre escuta o assobio dela.
A narração de Zé Mago é confirmada pela Mestre da Cultura, Zulene Galdino, que segundo afirma, quando era criança vivia brincando no mato, lá encontrava com uma caboclinha baixa, de voz fanhosa, imagina que fosse uma caipora.
Pela crença popular, é sobretudo nas sextas-feiras, domingos e dias santos que não se deve caçar, sua atividade se intensifica. Mas há um meio de driblá-la, a caipora aprecia o fumo, segundo Zé Mago, antes de sair para caçar deve-se deixar o fumo de corda no tronco de uma árvore.
Fonte: Diário do Nordeste, 22 de agosto de 2007.
Nenhum comentário:
Postar um comentário